A força do medo que me consome nunca me impediu de ver o que eu sinto. A morte de tudo que acredito JAMAIS tapou e JAMAIS tapará meus ouvidos e minha boca.
O mundo jamais matará meu coração. Metade de mim é o grito, e a outra metade também.
Nada é forte o bastante pra me calar, e só o sagrado será.
A música que ouço ao longe é a única ilusão que vale a pena, mas só se juntar com a pintura, a poesia, a dança, o teatro, e TODAS AS FORMAS POSSIVEIS EXISTENTES DE ARTE. Agradeço a arte por me apontar QUASE todas as respostas mesmo que eu não retribua e que ela continue mostrando isso pra mais pessoas. Parte de mim é arte, e essa não tem como sair.
Todas os meus amados continuarão amados mesmo que distantes, porque a distância é apenas um detalhe; apesar disso: parte de mim é saudade e essa parte não sumirá.
Que as palavras que falo nunca sejam pronunciadas com crueldade, porque eu sei que a palavra dita não volta e não quero fazer parte do grupo de palhaços que fala antes de pensar, porque metade de mim é o que absorvo e a outra é o que calo.
Essa minha vontade de ir embora não pode ser confundida com um desejo de fuga, não fujo da vida; enfrento-a. E isso não se chama ousadia, e sim audácia para conhecer e trazer o mundo inteiro pra dentro de mim, porque metade de mim é o que PENSO e a outra metade é o VULCÃO.
Muito mais que uma alegria ainda não é o bastante pra aquietar o meu espírito, e quer saber? NEM A MORTE O SERÁ.
ADAPTADO DA DO OSWALDO - 'METADE'.
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