terça-feira, 29 de junho de 2010

I want you. I WANT YOU SO BAD!

"I want you so bad, is driving me mad, baby"

Então lá estava eu, mansinha mansinha acostumada com o fundo do poço.

Nem era mais capaz de reclamar ou sequer mostrar qualquer tipo de emoção.
Os remédios cumpriam seu trabalho, conseguiam me transformar num robô incapaz de sentir dor, mas incapaz de sorrir também: ninguém acha a felicidade num potinho de Sertralina.
Então um dia eu conheci você. Irrelevante era falar que eu já te conhecia há cerca de um ano, porque foi há um mês atrás que eu realmente conheci VOCÊ.
E sabe, para minha surpresa, eu gostei de você. Não por ser surpreendente gostar de você; gostar de você era completamente RACIONAL, era LÓGICO, era ÓBVIO, fazia sentido! E exatamente por isso que foi tão inesperado e surpreendente.
Não era como se eu já estivesse acostumada com isso, como se fizesse parte constante da minha vida gostar das pessoas, ainda mais quando são das pessoas CERTAS que nós estamos falando. Sabe? As pessoas decentes? Que tem tudo pra nos fazer felizes?
O oposto que é o constante. A auto-destruição, a patologia incessante, a irracionalidade, o incontrole TOTAL de me apaixonar pelas pessoas que não sabem nem quem são, e minha ilusória esperança de salvá-las, sabendo que são elas que me sugam no final.
Mas agora nasceu uma gota de sanidade em mim e eu quero você. Então tenho medo dessa gota e faço tudo pra te perder. Não sei como agir, como me portar, como falar, como andar, como sorrir, como olhar, como segurar sua mão, te abraçar, te beijar, arranhar suas costas, puxar seu cabelo, chupar sua nuca.
Muda, cega, surda.
Então enxergo que eu e você nunca passaremos disso, que por mais que andemos nunca pararemos em lugar algum.

Logicamente, após enxergar isso, te quero mil vezes mais.
E quanto mais eu enxergo, mais eu te quero.

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