terça-feira, 4 de maio de 2010

Ai de mim, como te quero.

Eu te quero tanto que passei a dormir mais cedo todas as noites, pois sei que te encontrarei nos meus sonhos.
Eu te quero tanto que assimilei o seu jeito de beber drinks. E suar o copo. Sorrir entre os meus beijos.
Eu te quero tanto que procuro ávida as suas marcas no meu corpo. Não vivo sem o cheiro do seu pescoço. Sem as suas carícias. Suas mãos na minha barriga.
Eu te quero tanto que não esqueço dos nossos planos, das nossas juras de amor. Das minhas lágrimas. Do seu sorriso para a minha bobeira.
Eu te quero tanto que leio suas cartas durante todo o tempo em que não estou escrevendo alguma para você. Decoro seus erros de português. Treino imitar sua grafia.
Eu te quero tanto que procuro seus cílios coloridos nos olhos de estranhos. Assimilei sua mania de sempre pôr a mao em cima da minha. De querer mostrar quem é que manda. Estar sempre cansado. Achar que tudo vai dar errado.
Eu te quero tanto que seria capaz de roubar os aneis de Saturno. A estátua da liberdade. As águas do Sena. As gôndolas de Veneza.
Eu te quero tanto que, por você, quebraria o Big Ben, Derreteria o gelo do Himalaia. Desnudaria os campos. Derrubaria rochas. Cataria todas as conchinhas do Oceano Atlantico. Fugiria com você para o Rio.
Eu te quero tanto que escolho suas camisas, aparo suas unhas, lavo seus cabelos. Invento comidinhas, faço charminho no sofá, danço só para voce, desfilo de saia curta.
Eu te quero tanto que rabisco seu nome no meu caderno, desenho corações na minha agenda, sonho acordada, escuto a mesma música sem parar.
Eu te quero tanto que fico boba, perco a fala, tremo toda, me desconcentro, mudo de time, fico rindo por ai sem motivo.
Eu te quero tanto que não quero que voce me lembre as coisas que ja esqueci. Geometria, progressões geometricas, matemática financeira, o sonho ruim, as brigas que nunca tivemos, a minha antiga depressão, símbolos químicos, saber cantar.
Eu te quero tanto que não quero que você me faça esquecer aquilo de que gosto de me lembrar. A doçura do Lê. A determinaçao da Fe, a minha própria fragilidade, os livros que li, os desejos que tenho, as farras em Jampa, as poesias feitas pro meu pai.
Eu te quero tanto que inundaria a cidade com suas cores preferidas. Vermelho, branco e verde, certo fluminense? Cortaria o cabelo dos cabeludos. Iria num show de sertanejo, repetiria mil vezes cada uma dessas coisas.
Mas não vou fazer nada disso.
Eu te quero tanto que vou dizer, mais uma vez, que o amo. Agarrar sua nuca e beijar sua boca.

(Livre Adaptação minha, escrito pro alhow, pro aniversário de namoro.)

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